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05 setembro 2014

IGREJAS ESQUECIDAS E PASTORES CIUMENTOS

Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”. (Hebreus 13:7)
O obreiro cristão consciente de sua missão e chamada divina, não trabalha esperando receber honra dos homens e nem recompensas materiais; mas todavia, a igreja ou igrejas que foram beneficiadas com o seu trabalho na promoção do reino de Deus, na salvação e edificação de vidas e na construção de templos para melhor realização do trabalho e conforto de seus membros; ao sair daquela igreja, não deve cair no esquecimento dela. Biblicamente é dever da igreja ser grata a ele e relembrá-lo e honrá-lo sempre que puder, mesmo que seja através de um simples convite pra pregar ou se fazer presente em alguns de seus eventos festivos etc. Pois acredito que o apelo do escritor sagrado impulsionado pelo Espírito Santo no texto acima mencionado, não se refere a uma simples lembrança por eles. Porventura não foi assim que o apóstolo Paulo também ensinou? Veja Romanos 13:7 “Portanto dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem HONRA, HONRA”; e I Timóteo 5:17 “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada HONRA, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”. É bem verdade que há pastores que passando por certas igrejas, deixaram sequelas indeléveis e até vergonhosas, que a igreja sente-se bem é quando não os lembra. Mas certamente não são a cerca desses que o texto acima se refere.
Eu soube de certo pastor que foi o pioneiro na abertura de um trabalho numa cidade daqui de nossa região, onde ali permaneceu por longo tempo, até que organizou a igreja e construiu o templo, e depois deixou aquele pastorado. Como havia deixado a igreja bem estruturada e em condições de prosseguir com o trabalho, ela se desenvolveu e cresceu. Depois de alguns anos, aquela igreja resolveu a comemorar uma de suas datas de aniversário, promovendo uma grande festa, com distribuição de muitos convites, tendo o cuidado de não esquecer de ninguém que ela julgasse ser importante para estar presente naquele evento. Por essa mesma ocasião, aquele dito pastor organizador daquela igreja, encontrava-se pastoreando uma outra igreja naquela região e nem se quer foi lembrado por aquela igreja para lhe enviar um simples convite. Aquele pastor um tanto quanto ressentido com a atitude daquela igreja a seu respeito disse: A igreja não lembou-se de enviar-me um convite nem mesmo para fazer uma oração silenciosa naquela ocasião festiva. Isto sem dúvida foi um descuido verdadeiramente lamentável, porque com isso aquela igreja esqueceu-se de ter em sua festa uma das pessoas mais importante de sua história. Mas porventura não é isso que tem acontecido também com muitas outras igrejas? Eis aí a razão pela qual o escritor sagrado deixou esta advertência às igrejas de todos os tempos. Eu acredito que este problema, não é culpa somente da igreja, o pastor atual da mesma tem grande parcela de culpa nisto, principalmente quando ele percebe que a igreja fala bem e com ceta frequência de alguns de seus ex-pastores. Ele sente ciúmes e até procura impedir qualquer aproximação daquele pastor com a sua igreja; seguindo o péssimo exemplo de Diótrefes com o apóstolo João registrado em III João verso 9.
Certo colega de ministério, contou-me que havia pastoreado uma igreja por um longo período, e mudou-se para um outro pastorado em região mais distante, deixando ali boas amizades com aqueles crentes. Porem, tendo chegado um outro pastor para aquela igreja sempre que aproxima-se de eventos festivo da igreja (aniversário, série de conferências, etc), aqueles irmãos saudosos de seu ex-pastor, vem sugerindo a convidá-lo para pregar numa destas ocasiões, e esta tentativa já se estende por quase quinze anos. Mas porem, o pastor atual da igreja, sempre tem descartado esta possibilidade, apresentando pretextos para não convidá-lo. Pergunto eu, qual a razão disto? É receio do colega lhe faltar com a ética em alguma coisa? Não acredito, porque ele é muito sério e honesto para fazer tal coisa. Mas desconfio que o motivo seja ciúme ou insegurança do colega no cargo. O certo é que, na verdade, não sabemos o motivo disto, mas seja qual for o motivo, isso não justifica, porque com esta atitude, ele está impedindo a sua igreja de praticar a palavra de Deus e privando-a de ser uma benção na vida de seus ex-pastores e inclusive na sua própria; porque logo mais ele também poderá ser um ex-pastor dela e ser também beneficiado com o que a ensinou. Finalizando, o que vale a dizer, é que um pastor consciente e convicto da vontade de Deus em seu pastorado, não teme coisa alguma, pois ele bem sabe que quem garante o tempo de seu pastorado naquela igreja, é Deus que ali o colocou.
Pr. Joaquim Ferreira Damasceno

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